PROCERGS: Trabalhadores realizam grande assembleia para tratar do não pagamento do PPR
Os trabalhadores da Procergs se reuniram na tarde do dia 31/01/2020 no pátio da frente da empresa para atender a pauta de assembleia convocada pelo Sindppd-RS e Comissão de Trabalhadores sobre a situação do PPR 2019. A Procergs anunciou na quarta-feira, 29/01 que não iria pagar a 1ª parcela do PPR 2019, que conforme contrato, deveria ter sido paga em janeiro de 2020. A alegação da empresa para não fazer o pagamento agora, seria sua condição financeira. A situação financeira dos trabalhadores é que não está nada boa, e muitos contavam com o pagamento ainda no mês de janeiro. O sindicato buscou marcar uma reunião com a empresa para tratar do tema, mas após a última greve, todos os pedidos de reunião vem sendo negados.
A assembleia contou com mais de 180 trabalhadores, expressivo grupo tendo em vista que boa parte dos colegas estão em férias. Vale dizer que a indignação dos trabalhadores é muito grande e foi inclusive colocada a possibilidade de mobilização dos trabalhadores para enfrentar o descumprimento do prazo de pagamento, pela empresa. Foi também solicitado pelos presentes, ações da CT e do sindicato no sentido de pressionar a empresa. A representação dos trabalhadores eleitos para a comissão do PPR também esteve presente e relatou a situação do PPR que além do não pagamento em Janeiro, também preocupa o resultado de um recurso apresentado pela comissão à direção da empresa sobre um indicador (IDPEC) não atingido. Além disso os termos para o PPR 2020, ainda estão longe de serem definidos pela gestão e já avançam com os prazos dilatados desde dezembro de 2019 quando o sindicato notificou a Procergs sobre este compromisso assumido no ACT 2019.
A situação é grave porque além do não pagamento na data devida, a empresa está agindo de forma a não respeitar os prazos para a definição do programa para 2020.
O sindicato informou que está tratando da questão do não pagamento com a CT e junto ao jurídico, e que já havia oficiado a empresa sobre o não pagamento em janeiro. Disse também que não assinaria nenhum aditivo sem passar por debate e aprovação de assembleia de trabalhadores. Foi levantado ainda na assembleia a possibilidade dos trabalhadores efetuarem paralisações e greve e levar ao jurídico a avaliação de acionar a empresa judicialmente. A orientação do sindicato e da assessoria é de não descartarmos a via judicial, mas no momento o melhor a fazer é buscar um processo de negociação junto a empresa para que cumpra o que está definido no programa do PPR. Como o não pagamento foi anunciado nesta semana, seria prudente dar tempo às respostas aos ofícios do sindicato encaminhados a empresa.
VEJA AQUI o ofício do sindicato para a Procergs.
VEJA AQUI A resposta da empresa que foi entregue no sindicato durante a realização da assembleia na última sexta-feira, enquanto debatíamos sobre o tema.
CT Procergs e Sindppd/RS