No RS do South Summit, muitos trabalhadores da TI ainda amargam jornada de 44h semanais

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Nesta semana acontece, em Porto Alegre (RS), o South Summit, um badalado evento de inovação na área de Tecnologia da Informação (TI) mundial. Pela primeira vez desde que foi criado, há 10 anos, que o evento será sediado fora da Europa.
Associações empresariais da área, empresários, governos e empreendedores estão bastante animados com as oportunidades de negócios que poderão surgir, afinal o South Summit é uma das principais plataformas mundiais de descoberta e promoção de inovação, tendo uma competição mundial de startups. Em entrevista ao Jornal do Comércio, o secretário estadual do Planejamento, Claudio Gastal, apostou que o evento “colocará a cidade definitivamente na rota da inovação global e no mapa dos grandes players mundiais do setor tecnológico”.
O estado que comemora a inovação e a tecnologia é o mesmo cujas associações e boa parte dos empresários mantêm jornadas de trabalho de 44h semanais nas empresas de TI. As entidades de classe se negam a discutir com a representação dos trabalhadores, o Sindppd/RS, um acordo que reduza a jornada da categoria para 40h semanais. Algumas empresas alteraram a carga horária por meio de negociação com o sindicato ou por livre iniciativa, outras devido à pressão e à mobilização dos próprios trabalhadores. Mas um importante número de empresas de TI gaúchas ainda insistem na jornada de 44h semanais.
A própria GetNet, considerada a primeira experiência de unicórnio brasileira e gaúcha, vendida por US$ 1,1 bilhão ao banco Santander, apenas adotou as 40h semanais a partir do ano passado, após ser vendida para o banco e com muita insistência do Sindppd/RS.
A inovação e as grandes descobertas na Tecnologia da Informação são feitas pelos TRABALHADORES e pelas TRABALHADORAS da TI. Não adianta inovar apenas na tecnologia se as práticas de produção e as relações de trabalho permanecerem exaustivas, consumindo o suor, o mental e o emocional dos trabalhadores e das trabalhadoras, que são os que produzem a TI. E em muitas vezes, ainda, com salários baixos ou sem cumprir com os direitos da categoria previstos na lei e na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho). Se não, a inovação será apenas um discurso artificial para enriquecer alguns.
Todos e todas são prejudicados, até mesmo o RS e o setor empresarial da TI ao perderem profissionais de extrema qualidade com as 44h semanais, já que em outros estados, entre eles São Paulo e Paraná, a jornada é reduzida.
Pela jornada de 40h semanais na TI do Rio Grande do Sul!
Sindppd/RS
Jornada de 44h pra TI é o fim dos tempos, o Agibank precisa de uma pressão pra alterar pra 40h, pois é um banco, o que acaba agravando a situação
Esse negócio de reduzir a carga horária é muito lindo e maravilhoso, mas na prática vai significar redução salarial.
Não existe esse negócio de reduzir sem perda, para o empregador isso aí significa que o peão está gerando menos e se gerar menos vai receber menos.
Ah mas o cara vai produzir mais, sim sim, sabemos como a mente empreendedora funciona (me diga o que você pode fazer de melhor para eu ganhar mais em cima do que você melhor faz).